domingo, 31 de agosto de 2008

um poema da Elisabeth

Sou o que sou.
Sou o que quero, sou o que não quero.
Persiste em mim certo destempero existencial.
Com ele, escrevo estas bem ou mal traçadas linhas.

Escavo a terra, entro nela toupeira.
Descubro-me tartaruga. Me igualo em lentidão e tempo.


(primeira seção do poema A vida reescrita)

CELEBRAÇÃO

Anima-me com cânticos,
aceita os passeios
do meu olhar ardente.
Renova, em cada canto,
promessas incandescentes.
Cobre-me com o arco-íris
de olhos doces,
plenos de argumentos.
Encanta-me com voz macia,
cálida, rouca.
E no espaço aberto à paz,
pássaros em revoada
celebrarão o encontro.

MARIA IVONE L. FERNANDES

LINHA RETORCIDA

não quero receita
nem linha reta
longe de mim
ser conservador
vida correta
não admito
nem na clausura
do mundo cão
o que é perfeito
muitas vezes
se corrompe
pela exaustão



mudar, errar
metamorfosear
essência do homem
por toda a vida
quem dera chegar
ao avesso de quem
uma vez eu fui



nem rosa ou azul
quero a confusão
do arco-íris
do certo, do errado
do claro, do escuro
o doce, o amargo
o belo por dentro
o que não me deixe
pensar em linha reta.



alice farias,04/7/00

NOVA LIMA

As casas paupérrimas, descascadas, sobem montanhas em perspectivas quase impossíveis. Entre elas, construções antigas, degradadas,subsistem. Nas ruas, um povo encardido e silencioso caminha em bandos e aumenta a impressão de um formigueiro.
No coração da rocha a riqueza dorme, impossível de ser alcançada. O que deu, os ingleses levaram.Puros diamantes,, jóias para a coro,ok. Em Londres, não é bem assim que brasileiro entra. All right ?
Mirta Villas Boas