terça-feira, 16 de junho de 2009

poemas de maria ivone e elisabete brito




ESFINGE
por Maria Ivone

Paixão,
pasto em labaredas?
Amor,
quieto quintal
de doces frutos
a espera?
Não.
Não é preciso
decifrar-me.
No feitiço das palavras
sou clara como cartilha,
água mansa,
do lago que perpassa
nossa história,
é como sou agora.


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Feito a mão

por Elisabete Brito

meu verso
o prazer de fazê-lo
não tem preço.
amor
trabalho
duas mãos
dez dedos
nada cobro por ele.
Só os anéis, digo, os papeis.

* * *

Todo dia
nos recantos do ser
surgem mistérios
sensações
que fazem estancar o passo
o coração dispara


Ora é um momento breve
que te franze a face
te enternece
ou faz cantar

A vida é poesia
se tua alma se abrir
vais ouvir mil sinos
no correr do dia.

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