terça-feira, 29 de novembro de 2011

lembranças circences


O mágico e o patético do circo mambembe retratados no cinema, me fizeram lembrar do finado primo Zé Claudio que disparou para Arroio Grande seguindo o circo onde nos regalávamos com os palhaços, o globo da morte, os macacos,os elefantes e os acrobatas. Estava perdidamente apaixonado pela trapezista das meias cerzidas que acumulava as funções de heroína das curtas peças românticas encenadas no picadeiro. Sumiu por alguns dias e voltou com o rabo entre as pernas, murcho e soturno e nunca mais se referiu a sua musa. As tias meneavam a cabeça e comentavam essa loucura à meia voz, mas, disfarçadamente sorriam. Talvez tudo isso tenha a ver com o apelido que lhe deram: raio da lua. Nunca descobri se o mereceu por ser feio ou por ser considerado lunático.

Mirta 08.11.2011

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